A ida ao sudoeste paranaense

O sudoeste paranaense teve sua colonização atrelada à constante presença militar por se tratar de região fronteiriça e conflituosa desde o século XVI. Essa faixa territorial era composta por terras devolutas próximas da República da Argentina. Na década de 1940 Getúlio Vargas promoveu uma política de ocupação conhecida como Marcha para o Oeste. Entretanto a “história oficial” omite a presença indígena e cabocla na região que antecede a chegada dos colonos sulistas de origem europeia.

A posição geográfica do Sudoeste paranaense tem importância estratégica para a ida dos Bassettos: a região, divisa com Santa Catarina, facilitou esse acesso.

Embora a ocupação do Sudoeste seja anterior, em meados dos anos 1930, na década seguinte, mais precisamente em 12 de março de 1943, o então presidente fixa na região sudoeste o Exército para observar a zona de fronteira.

Hoje o Sudoeste do Paraná é composto por 42 municípios, distribuídos por quatro microrregiões: Capanema, Francisco Beltrão, Pato Branco e Palmas.

Há 61 anos, Angelina Trevisan Bassetto, a matriarca da família Bassetto, chegava em Coronel Vivida. Foi no dia 03 de Novembro de 1957 que ela desembarcou no Paraná onde já se encontravam outros filhos. Angelina chegou com seu filho caçula, Ires Bassetto e seu filho Kyrmes Bassetto, com sua esposa Jandira Cozer Bassetto e a filha primogênita do casal, Solange Bassetto, então com 10 meses de vida.

Angelina Trevisan Bassetto ficou viúva de José Bassetto em 03 de abril do 1947 na cidade de Ponte Serrada – SC. Tiveram 10 filhos: Joanin, Alcides, Rozina, Eledovino, Josefina, Kyrmes, Anacleto, Gema, Deoclides e Ires.

No dia 02 de Novembro de 1957, a família saiu de Ponte Serrada (SC), com a mudança em dois caminhões rumo ao Sudoeste Paranaense a fim de residirem em Coronel Vivida,

A viagem foi interrompida para descanso em Pato Branco (PR), onde Josefina Bassetto Amadori, filha de Angelina, os aguardava com um delicioso café. A viagem prosseguiu e eles chegaram em Coronel Vivida já com o dia clareando. Foram direto para a casa de outro filho, Anacleto Bassetto, que os aguardava com muito carinho e boa comida à mesa.

Como a casa onde iriam morar ainda não estava pronta a família morou por dois meses em um casarão alugado até fevereiro de 1958. Quando a casa ficou pronta e eles se mudaram: no andar superior e separadas por um corredor, as duas famílias: Kyrmes com sua família de um lado e de outro lado, Angelina, Deoclides e Ires do outro.

Essa casa também foi sede do comércio dos Irmãos Bassetto, um lugar tradicionalíssimo na cidade de Coronel Vivida.